Com a versão brasileira de Miguel Falabella
NÃO É PERMITIDA A ENTRADA APÓS O INÍCIO DO ESPETÁCULO
SUSANA VIEIRA CHEGA AOS PALCOS PORTUGUESES COM ‘UMA SHIRLEY QUALQUER’
A peça celebra os 60 anos de carreira da atriz e chega em Maio a Portugal.
Casada, mãe de dois filhos, Shirley Valentim convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. Atire a primeira pedra quem nunca conversou com as paredes em uma situação como essas! Elas podem não ser as companheiras mais eloquentes, mas ao menos sabem ouvir, qualidade cada vez mais rara. Que o diga Shirley! É com elas que a protagonista divide suas angústias, relembra as situações inusitadas – e mesmo engraçadas – que marcam sua trajetória e busca entender aonde foram parar seus sonhos. Shirley pode ser qualquer um de nós, mas ganha o corpo de Susana Vieira no monólogo ‘Uma Shirley Qualquer’, com versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar. O espetáculo celebra os 60 anos de carreira da atriz.
A montagem é uma nova leitura para o clássico ‘Shirley Valentine’, de Willy Russel, que já teve encenações premiadas no Brasil e também um filme de sucesso. A peça traz essa protagonista solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Shirley decide embarcar nessa viagem – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu. Shirley está cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos Milandra e Jorge cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.
Quando Shirley Valentim se transforma em uma Shirley qualquer? Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia.
A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.
O espetáculo que conquista plateias do mundo inteiro, desde a sua primeira versão, em 1986,quando estreou em Londres, tendo sido agraciado com o prémio Laurence Olivier Awards de melhor comédia e melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989 entrou em cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo ano estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, e vencedor do British Academy Film Award.