100 Anos de Um Insubmisso - Urbano Tavares Rodrigues
Sinopse
Urbano Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa, a 6 de dezembro de 1923, mas foi no Alentejo que cresceu, perto de Moura, na Quinta da Esperança, contígua ao rio Ardila. Atento desde muito cedo à miséria dos camponeses, fez da luta deles a sua. Esta exposição, que percorre as várias etapas da sua vida, através de fotografias, dos livros que escreveu e dos intelectuais com quem privou e que tanto o influenciaram, procura dar a conhecer a vida de um homem que sempre lutou pela igualdade num mundo carregado de desigualdades, um homem de cultura que deixou um legado ímpar não só na literatura, mas entre os seus alunos e jovens escritores que ele tanto apoiou.
Ficha técnica
Urbano Tavares Rodrigues não é apenas o grande escritor do Alentejo, das suas gentes e das suas paisagens, é também o romancista e contista de Lisboa e de outras atmosferas cosmopolitas que, como jornalista e professor universitário, bem conheceu, viajando por todo o mundo.
Defensor dos ideais democráticos, foi em grande parte influenciado pelo pai, Urbano da Palma Rodrigues, de índole republicana. Lutou contra o governo ditatorial, tendo enfrentado a polícia de choque diversas vezes e sido preso em 1963 e 1968. Fez parte da direção intelectual do Partido Comunista, embora se tenha recusado a utilizar as suas obras como instrumento de propaganda e tenha fortemente criticado a linha estalinista. Autoclassificou-se comunista heterodoxo, ideais que se refletiram no seu estilo literário.
Catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, membro da Academia das Ciências, tem uma obra literária e ensaística vastíssima e traduzida em inúmeros idiomas, do francês e do espanhol ao russo e ao chinês. Obteve diversos prémios, entre eles o de Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Fernando Namora, o Ricardo Malheiros da Academia das Ciências, etc.
Livros como A Noite Roxa, Bastardos do Sol, Os Insubmissos, Imitação da Felicidade, Fuga Imóvel, Violeta e a Noite, O Supremo Interdito, Nunca Diremos Quem Sois, A Estação Dourada entre outros, fizeram dele um dos maiores escritores do seu tempo.
Foi casado com a escritora Maria Judite de Carvalho, de quem teve uma filha, Isabel Fraga, e mais tarde com Ana Maria Salvado Santos, de quem teve um filho, António Urbano. Faleceu no dia 9 de agosto de 2013, em Lisboa.