ARQUIPÉLAGO.01.3
Sinopse
Os retratos a óleo da CAMILA POÇAS captam a expressão emocionada dos seus modelos. Os sons fortes do trompete, quando tocado pelo HENRIQUE NOVAIS, remetem-nos para pureza dos metais. Razões mais que bastantes para o desejarmos descobrir estas duas novas Ilhas.
Para nos ensinarem a ver o que iremos ver e a escutar melhor o que iremos escutar, convidámos dois vultos maiores da Cultura em Leiria: ANA DAVID – Diretora do Banco das Artes Galeria e VÍTOR LOURENÇO – Diretor do Orfeão da Leiria.
Integrado no X SINOPSE, Festival Ator João Moital, O ARQUIPÉLAGO 01.3 irá ter lugar na Sala Jaime Salazar Sampaio (TE-ATO), na quinta-feira, dia 27, às 21h30.
Cremos ser um convite irrecusável. Esperamos por si
Outras informações
Projeto ARQUIPÉLAGO – um Manifesto
A Humanidade desde sempre criou Arte para não se perder da verdade. Pela Arte expressa o sentir, dá nome às emoções, reflete a realidade e entrega-a transfigurada ao outro e, deste modo, dá primazia à relação que lhe permite viver para os propósitos e as causas que escolhe estimar. A Arte é o contraponto da guerra, da distopia, da ganância, do individualismo narcísico.
No TE-ATO entendemos a Arte como a inquietação que visa refletir sobre o bem comum, cujo produto seja um interesse maior que o eu do criador e que perdure para além dele.
Muitos serão os que se sentem ilhas na imensidão oceânica do desconcerto do mundo, solitários na sua anónima expressão, mas, todavia, pensantes. É sabido que cada ilha por si quase sempre é coisa de pouca monta, já um agrupado de ilhas adquire cidadania, nome e visibilidade.
Ao longo dos 46 anos de atividade o TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria) vem cumprindo a sua missão de formar, produzir e programar Teatro, exercício continuado cujo objetivo é o de ser um catalisador de vontades e interesses no que à Arte diz respeito. Nesta Companhia sempre a Arte foi entendida como um bem que perdura, ponte entre gerações, prática exigente no qual um ato artístico seja tão-somente mais um passo para o ato seguinte tendo em vista a progressão da Humanidade.
Este é momento em que pretendemos acrescentar à nossa missão uma nova prática: divulgar. A vida permitiu-nos encontrar ilhas entre dramaturgos, atores e técnicos, espetadores, programadores e outras ilhas que connosco se cruzaram. Pessoas de pensar maiúsculo que fazem da Arte, nas suas diversas e multifacetadas formas, expressões do seu sentir e da sua reflexão sobre o viver com o outro. O projeto ARQUIPÉLAGO aspira a reunir ilhas anónimas, oferecer condição para que cada uma destas entidades artísticas se encontre com outras tantas e reencontradas entre si adquiram voz própria e visibilidade. ARQUIPÉLAGO será, assim, um território mental da diversidade, onde cada um possa encontrar o seu sentido numa vida útil, na realização pessoal e na expressão criativa.
Mensalmente, na última quinta-feira de cada mês iremos cruzar formas de expressão artística no que se pretende uma cumplicidade de sentires e onde todas as formas de Arte têm lugar.