B&M 2022 - Exposição - Lisbon Revisited de Edgar Pêra
Sinopse
Exposição - Lisbon Revisited de Edgar Pêra
Armazém das Artes
15 a 27 de outubro
Horário:
15 a 27 de outubro | 10h – 12h | 14h – 17h
19 de outubro | 21h00 – 24h00
Público Geral
Entrada livre
Lisbon Revisited, é uma exposição de fotografia anaglífica da autoria de Edgar Pêra a apresentar No Armazém das Artes, integrando a programação do Festival Books & Movies de 2022. Nasce de uma abordagem dupla de Edgar Pêra ao poema de Álvaro de Campos “Lisbon Revisited” (1926), que resultou na realização de homónimos filme e série de fotografias.
Representa a incursão de Edgar Pêra no universo das artes plásticas, aqui tendo por suporte a fotografia em formato 3D. Sob o manto fantasmático de Fernando Pessoa, o autor convida-nos a embarcar numa viagem onírica, entre a arte de ver, de sentir e o vício de pensar. "Pensar é estar doente dos olhos" escrevia outrora, Alberto Caeiro, o mais sensorial dos heterónimos Pessoanos e é precisamente através dessa "doença" que esta exposição vive, mostrando formas alternativas de ver, de sentir a cidade e de (re)ler Fernando Pessoa.
Na exposição, Edgar Pêra expressa a profunda afinidade que sempre declarou encontrar entre a sua obra cinematográfica e as artes plásticas, sem esquecer a literatura e, de forma muito particular, a fotografia que aqui assume como suporte narrativo exclusivo, dando-lhe contornos tridimensionais através da construção imagética com recurso à técnica anaglífica.
Uma instalação 3D digital e um conjunto de 36 fotografias, concebidas para serem observadas em 2D (numa primeira leitura) e em 3D, graças aos óculos anaglíficos, compõem uma exposição simultaneamente inédita, pelos recursos utilizados, e coerente com o percurso visual e artístico do autor. Através destas obras, imergimos numa cidade sensorial, numa "Lisboa Revisitada" com visões estereoscópicas dos seus espaços verdes, momentos congelados, esculturas temporais, figuras trans-humanas e várias leituras possíveis de uma cidade em permanente reconfiguração onde os caminhantes têm, invariavelmente, de sopesar a carga onírica dos espaços silenciados entre a penumbra e o desejo que o olhar de Edgar Pêra soube magistralmente captar e devolver-nos, de forma amplificada (e anaglífica).