06
Jun2021 Sunday
15h30 Até 16h30

Encontros na Basílica I

Ourém
Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Santuário de Fátima
Multidisciplinar Música

Sinopse

Palestra

«Jovem, eu te digo, levanta-te»: o Deus que levanta os fracos e dá a vida

Em Naim, um cortejo fúnebre torna-se surpreendentemente uma ocasião de grande alegria. A presença de Jesus, o seu encontro com a realidade dramática da humanidade e sobretudo os seus gestos de palavra e toque transformam a tristeza em alegria.

A fé de Israel contempla em YHWH, seu Deus, Aquele que levanta os abatidos (cf. Sl 146,8). O episódio de Naim (cf. Lc 7,11-16) transpõe essa caraterística para Jesus, mostrando a continuidade da história da salvação. Os olhos de todos concentram-se em Jesus, e reconhecem-no como «um grande profeta» (Lc 7,16), mas sobretudo como Aquele que dá corpo visível à fé de Israel.

Hoje esta realidade tem ainda força? Quem são os fracos que Jesus levanta? Em que circunstâncias?

 

 

Recital

J. S. Bach teve uma grande influência em Charles-Marie Widor. Widor estudou com J. Lemmens, com o qual colaborou numa edição comentada das obras de órgão de J. S. Bach, publicada entre 1912 e 1914. A sua admiração por Bach levou Widor a escrever a obra Bach’s Memento que consiste na transcrição/arranjo para órgão sinfónico de seis obras para tecla. Marche du beilleur de nuit, que irá ser apresentada no programa, é uma paráfrase do coral Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWV 645, de Bach. Apesar de ter composto 10 sinfonias para órgão, é apenas a partir da 5.ª sinfonia que estas ganham mesmo um caráter de sinfonia. Neste recital, será apresentada a famosa abertura da 6.ª Sinfonia, Op. 42, e o intermezzo. Todas as sinfonias de Widor contêm movimentos perfeitamente passíveis de excertos, tendo o próprio Widor mencionado tal uso. Dessa forma, neste concerto, a ordem do programa será alterada, apresentando-se primeiro o intermezzo e depois a abertura. Nesta sinfonia, uma das mais bem-sucedidas do compositor, cada andamento é maduro e independente, contribuindo, no entanto, para o todo. O Allegro inicial contrasta com o grande tema principal em órgão pleno fortíssimo, com um tema de movimento mais rápido. O intermezzo é uma cascata de ondas em sol menor com uma escrita pianística que repousa num segundo tema em mi bemol.

 

Programa

Charles-Marie Widor (1844-1937)

Marche du beilleur de nuit – Bach’s Memento

Intermezzo da 6.ª Sinfonia para órgão, Op. 42

Allegro da 6.ª Sinfonia para órgão, Op. 42

 

 

 

Ficha técnica

Palestrante

Ricardo Freire (n. 1979) é membro da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) desde 1998, tendo sido ordenado presbítero em 2006. É licenciado em Sagrada Escritura pelo Instituto Bíblico Pontifício de Roma (2010). No campo da formação bíblica, tem prestado a sua colaboração nas escolas da Universidade Católica Portuguesa, bem como na Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa e no Curso de Internoviciados, em Fátima.

Na sua Congregação, é membro da equipa formadora do Seminário de Nossa Senhora de Fátima (Alfragide), onde se formam jovens religiosos provenientes de Portugal, Camarões e Moçambique. É também pároco de São José do Bairro da Boavista (Lisboa).

 

Organista

Gregório Gomes (n. 1987) é natural da Venezuela. Iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos na Academia de Música de Oliveira de Azeméis onde estudou Formação Musical, Piano e Violino. Posteriormente, concluiu o Curso da Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos da Diocese do Porto onde estudou Órgão, Harmonia e Direção Coral com o prof. António Mário Costa. Sob a orientação do mesmo professor, concluiu o 8.º grau de Órgão no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. Concluiu também o IV Curso Nacional de Música Litúrgica tendo sido aluno de António Esteireiro e Filipe Veríssimo. Concluiu a Licenciatura em Cravo pela Universidade do Minho, tendo estudado com o prof. Hélder Sousa. Frequenta o último ano do Mestrado em Órgão – Performance, na Universidade de Aveiro, sob orientação do prof. António Mota. É organista na Sé Catedral do Porto, desde novembro de 2017, colaborando também na Sé Catedral de Braga, nas Igrejas do Pópulo e de São Vicente, no Santuário do Sameiro e noutras paróquias das dioceses de Braga e Porto. Foi professor de Órgão e Harmonia na Escola de Música Litúrgica São Frutuoso entre 2012 e 2018. É membro fundador da Associação de Música Sacra de Braga, vice-presidente e professor de Piano, Órgão e Harmonia na mesma Instituição.