Luís Vicente Trio | Chanting In The Name Of
Sinopse
Trio liderado pelo trompetista e compositor Luís Vicente que tem, de alguns anos para cá, apresentado o seu trabalho pelos palcos internacionais, actuando em vários festivais e salas de renome, registando ao mesmo tempo uma considerável discografia que conta já com mais de 3 dezenas de exemplares assinados tanto em nome próprio como em várias colaborações com figuras de proa do universo jazzístico, tendo recebido várias críticas positivas e elogios por parte da crítica especializada .
Nesta formação faz-se acompanhar por dois músicos de créditos firmados que têm igualmente desenvolvido trabalho notável a nível pessoal, Gonçalo Almeida, contrabaixista português a residir em Roterdão e o baterista Pedro Melo Alves.
Pode-se afirmar que a música protagonizada por este trio nos remete para um plano espiritual, onde a simples escuta nos convida e transporta para um universo com caráter meditativo e libertador.
"Escreve, nas liner notes, Hamid Drake (com quem Vicente gravou o espantoso Goes Without Saying, But It’s Got To Be Said), citando Hazrat Inayat Khan, místico sufi que apresentou o sufismo ao Ocidente no início do século XX, que “a música é muito mais do que uma forma de entretenimento para passar o tempo. É, na verdade, o código subjacente a todo o universo”. Drake não poupa depois justos elogios ao “maravilhoso trio”. (...) É que este trio alcança planos cósmicos muito elevados. Escutando a peça título, a mais longa do álbum e a que ocupa o centro do alinhamento, entende-se tudo isto: sobre baixo dissonante tocado com arco, a soar quase como um violino ou violoncelo, Luís Vicente desenrola um lírico mantra que recorda a espaços o lado mais espiritual de Miles, não necessariamente por afinidades de técnica, mas porque aqui o trompetista português parece apontar a um mesmo plano de superior contemplação que o mestre americano logrou pontualmente alcançar. Mas esse é um registo que de forma inteligente é depois trabalhado de forma a dar espaço a um discurso mais visceral, que parece um vórtice que nos puxa para o centro, de forma irremediável. Essa força gravitacional que se sente ao longo de todo o álbum recompensa sem dúvida quem por ela se deixe levar. É que este é um trabalho de puro assombro espiritual."
Rui Miguel Abreu, Notaz Azuis - Rimas e Batidas
Ficha técnica
Trompete e composição: Luís Vicente
Contrabaixo: Gonçalo Almeida
Bateria Percussão: Pedro Melo Alves
Outras informações
M/6
Preço: 5,00 Euros