Teatrão | OS CADÁVERES SÃO BONS PARA ESCONDER MINAS
Sinopse
OS CADÁVERES SÃO BONS PARA ESCONDER MINAS é um projeto performativo que procura explorar a memória da Guerra Colonial que Portugal travou nas suas antigas colónias ultramarinas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau contra os movimentos independentistas. Ocorrido há 50 anos, este conflito mobilizou um milhão de soldados e afetou toda a sociedade portuguesa de formas que durante anos e anos ficaram por contar e compreender. Tal como atualmente o Ocidente tem vindo a discutir o legado esclavagista e colonial, impõe-se regressar a esta ferida da história recente portuguesa para compreender as suas implicações para toda uma geração, e de que modo as suas repercussões chegam aos nossos dias. Partindo do lado documental e testemunhal da guerra, mais do que uma visão informativa, interessa-nos explorar a noção de trauma que repercute pelos episódios, os acontecimentos e as palavras que chegaram até aos nossos dias.
Este projeto encerra a narrativa que o Teatrão construiu desde 2018 denominada CASA e que enquadrou A Casa Portuguesa, A Casa do Poder e A Casa Fora de Casa, os ciclos de criação dedicados ao Estado Novo, à Europa, à Família e à Guerra. A CASA foi o motor para investigar, discutir e criar artisticamente objetos que discutam o presente e o lastro histórico que carregamos sem discutir e superar.
Este projeto é desenvolvido em parceria com o Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e parte de um mapeamento, na Região Centro, dos soldados mobilizados para a Guerra do Ultramar e do tratamento dos seus testemunhos para a criação da ficção.
Ficha técnica
Dramaturgia: Jorge Palinhos
Encenação: Isabel Craveiro
Interpretação: Afonso Abreu, David Meco, Diogo Simões, João Santos, Teosson Chau
Direção musical e preparação vocal: Rui Lúcio
Cenografia e figurinos: Filipa Malva
Desenho de luz: Jonathan Azevedo
Sonoplastia: Nuno Pompeu
Design gráfico: Paul Hardman
Fotografia: Carlos Gomes
Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design)
Costureira: Albertina Vilela
Operação de luz e som: Jonathan Azevedo e Nuno Pompeu
Direção de produção: Isabel Craveiro
Produção executiva: Cátia Oliveira, João Santos
Direção técnica: Jonathan Azevedo
Comunicação: Margarida Sousa
Criação: Teatrão em coprodução com Teatro Municipal Joaquim Benite/ Companhia de Teatro de Almada
Outras informações
M/16
Preço: 5,00 euros