V Festival de Música Antiga de Torres Vedras | O ESPLENDOR BARROCO À LUZ DAS VELAS
Sinopse
Um concerto bastante luminoso que convida o ouvinte a viajar pelos afectos barrocos e pelo virtuosismo desse período. Fazendo referência a imponentes árias vocais retiradas de algumas das oratórias mais emblemáticas, assim com a belas sonatas de igreja, este concerto é claramente um convite às sensações. De momentos bastante eufóricos até outros bem íntimos.
Contando com a expressividade da voz da cantora Mariana Castello- Branco e da violinista Raquel Cravino, dois expoentes da música antiga em Portugal, este concerto é também uma autêntica simbiose entre a acústica de uma das igrejas mais antigas do concelho de Torres Vedras e monumentais obras musicais de consagrados compositores como Haendel, Vivaldi ou Telemann. Uma autêntica dança mágica entre o passado e o presente, num ambiente bem especial à luz das velas.
Ficha técnica
Mariana Castello-Branco: Soprano
Raquel Cravino: Violino Barroco
Catherine Strynckx: Violoncelo barroco
Daniel Oliveira: Cravo e baixo contínuo
Programa
Brevemente disponível
Mariana Castello-Branco
Mariana Castello-Branco, soprano, nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos na escola de música de nossa Senhora Do Cabo em Linda-a-Velha. Em 2004 ingressou na EMCN na classe de canto da professora Manuela de Sá, com quem concluiu o curso complementar de canto com distinção. Como aluna da escola efetuou masterclasses com os maestros João Paulo Santos e Armando Vidal, a cantora Jill Feldman e trabalhou frequentemente sob a orientação do pianista José Manuel Brandão.
Continuou a sua formação no Flanders Opera Studio em Gent na Bélgica sob a direção de Ronny Lauwers. Como membro do estúdio trabalhou com maestros como Pietro Rizzo e Yannis Pouspourikas; cantores como Sir Thomas Allen e Susan Waters; pianistas como Malcolm Martineau e ainda diretores como Guy Joosten. Atualmente colabora frequentemente com o maestro Nicolas Achten e o seu grupo Scherzi Musicali.
As suas performances Operáticas incluem papeis como Belinda (Dido e Aeneas/H.Purcell/ Nova ópera de Lisboa) 2nd niece (Peter Grimes/ B. Britten/ Teatro Nacional de São Carlos TNSC) Pamina (Die Zauberflöte/W.A.Mozart/Flanders Opera Studio); 2nd woman-1st witch (Dido and Aeneas/H.Purcell); Diane (Acteón/ M.A.Charpentier/Flanders Opera Studio); Romy Shneider (Romy/Joris Blanckaert/ Flanders Opera Studio); Serpina (La serva padrona/G.B.Pergolesi/Teatro da Trindade); La princesse (L’enfant et les sortilèges/M. Ravel/TNSC-FOYER); Servilia (La Clemenza di Tito/W.A.Mozart/Orquestra Metropolitana).
Com o teatro Nacional de São Carlos estreou-se como solista no Requiem de Fauré em 2012. Mais recentemente colaborou com a orquestra Divino Sospiro no papel de Temide na Cantata de João Cordeiro da Silva “Il Natale di Giove”, no palácio de Queluz. Este ano destacam-se o papel de Rainha da Noite na produção da Orquestra Metropolitana e do centro Cultural de Belém da ópera “Die Zauberflôte” de W. A. Mozart, a Estreia moderna no papel de Fili da Cantata “A Ninfa o Tejo” de A. Scarlatti e a participação no Festival de musica Sacra de Madrid com o ensemble The New Barroque times.
Raquel Cravino
Nasceu na cidade da Covilhã. Iniciou-se na música aos 5 anos de idade no Conservatório Regional de Música da Covilhã com formação complementar em piano e ballet. Sob a orientação do professor António Oliveira e Silva, estudou violino na Escola Profissional de Artes da Beira Interior durante seis anos. Em 2002 obteve o diploma de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra (Curso de Instrumentista de Orquestra – Violino) na classe da Professora Ágnes Sárosi. Realizou inúmeros cursos de aperfeiçoamento no âmbito do violino e da música de câmara com Joyce Tan, Sergey Kravchencko, Angelique Loyer, Gerardo Ribeiro, Augustin Dumay, Boris Kuniev, Jan Dobrelevky e Vladimir Ovcharech. Participou em estágios de orquestra no país e no estrangeiro (Costa Rica, Luxemburgo, Espanha, França e Áustria).
O seu interesse pela música antiga levou-a a aperfeiçoar os conhecimentos no violino barroco frequentando masterclasses com Enrico Onofri, Richard Gwild, Vittorio Ghielmi, Chiara Banchini, entre outros. Como freelancer, tem realizado concertos com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Tem uma participação ativa em variados projetos artísticos de música antiga – Orquestra Barroca da Casa da Música, Flores da Música, Os Músicos do Tejo, La Nave Va, Capela Real, entre outros. É membro fundador do Quarteto Arabesco, com o qual tem realizado concertos em festivais nacionais e internacionais.
Dedica-se ao ensino desde 2002 como docente de violino no Conservatório de Música da Metropolitana e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
Concluiu o Mestrado em Ensino da Música, na Academia Nacional Superior de Orquestra / Universidade Lusíada, sob a orientação do Professor Aníbal Lima. É mestre em Violino Barroco pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Catherine Strynckx
Nascida em França, efetuou os seus estudos em Paris, Praga e Basileia, onde obteve as mais altas classificações. Recebeu orientação dos Profs. R. Aldulescu, M. Strauss, S. Vectomov, P. Muller e B. Pergamentchikov. Frequentou, posteriormente, cursos de aperfeiçoamento com C. Henkel, F. Helmerson, I. Gavrich, G. Kurtag e com o Quarteto Bartok. Em 1989, foi convidada a ingressar na International Menhuin Music Academy (Gstaad – Suíça), onde teve a possibilidade de beneficiar dos conselhos de grandes personalidades do mundo musical: Y. Menuhin, N. Magalov, W. Naboré, I. Stern, etc. Foi Violoncelo Solista da Camarata Lysy – Gstaad (1989-1992) e da “Orchestre des Pays de Savoie” (1993-2000).
É membro fundador do “Serenade String Trio” (em 1989) com o qual gravou dois discos. Tocou a solo e em grupos de câmara nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça, República Checa, Eslováquia, Argentina, Tailândia, Sultanato de Oman, Malta e Quirguistão. Gravou para a rádio francesa (“France Musique”), checa, eslovaca e suíça. É laureada do Concurso Internacional “Vittorio Gui”, de Florença e obteve o 1º Prémio nos Concursos Internacionais de Caltanisseta e de Trapani.
Daniel Oliveira
Natural de Alenquer, Daniel Oliveira é diplomado em musicologia pela Universidade Nova de Lisboa, licenciado em órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa sob orientação de João Vaz e mestre em Pedagogia do órgão pela mesma instituição. É também licenciado em cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, sob orientação de Ana Mafalda Castro.
Apresenta-se regularmente em concertos quer em Portugal, quer no estrangeiro, marcando presença em alguns dos mais importantes festivais e temporadas de órgão.
Estudou com personalidades como Ketil Haugsand, Javier Artigas, Gerhard Doderer, Kristian Olesen, Luigi Ferdinando Tagliavini, José Luis González Uriol e Graham Barber.
É organista titular dos órgãos históricos da Igreja Matriz de Oeiras e Igreja da Misericórdia de Torres Vedras, bem como diretor artístico do ciclo de órgão e do festival de música antiga de Torres Vedras.
É professor de órgão, harmonia e baixo-continuo no Conservatório Nacional de Lisboa, Conservatório da Física de Torres Vedras e Escola de Música Sacra do Patriarcado de Lisboa.
É ainda director artístico do Ciclo de Órgão de Torres Vedras e do Festival de Música Antiga da mesma cidade.
Outras informações
Música para todos, nos espaços históricos do concelho
O Festival de Música Antiga de Torres Vedras, já na sua quinta edição, é um festival nómada que tem como objetivos a descentralização cultural, a revitalização e valorização do património histórico do concelho e a apresentação de um património musical histórico de excelência.
Composto por quatro concertos e uma atividade pedagógica, este ano o festival começa com uma homenagem a Carlos Bernardes, através de um profundo Requiem interpretado pelo prestigiado agrupamento vocal Olissipo, dirigido pelo maestro Armando Possante. Neste concerto teremos também uma forte valorização do património musical português, onde serão interpretadas obras de Frei Manuel Cardoso, Estevão de Brito ou Duarte Lobo. Polifonistas portugueses de "primeira água", reconhecidos em toda a Europa.
Com particular destaque para a música portuguesa do renascimento e do barroco, esta edição contará novamente com a presença de instrumentos históricos bem desconhecidos, que fazem parte do instrumentário europeu dos séculos XVI e XVII. Pela primeira vez neste festival teremos a "visita" da Charamela e da Sacabuxa, instrumentos tocados pelos ministrés, instrumentistas de sopro da renascença assim como a Guitarra barroca. Outros, como o alaúde, o cravo, o violino e o violoncelo barroco, já conhecidos neste festival, também soarão pelos templos históricos do concelho.
Pela bela igreja de Nossa Senhora da Oliveira em Matacães, teremos um concerto à luz das velas, proporcionando uma autêntica explosão de emoções através de alguns dos grandes e mais conhecidos compositores do período barroco como Vivaldi, Haendel ou Telemann. Por sua vez, a Ermida do Sirol, recebe um momento bem intimista dedicado à guitarra barroca e à música de Santa Cruz de Coimbra.
Uma autêntica viagem pelo riquíssimo património histórico do concelho de Torres Vedras através da música, práticas musicais e compositores da mesma época, proporcionando ao público uma experiência única, oferecendo a possibilidade de ouvir música dos séculos XVI, XVII e XVIII no habitat natural.
Um festival descentralizado onde todos são convidados a "saborear" estes momentos. Reafirmando o lema "Música por todos e para todos", estes concertos são para toda a população e seguindo um formato de concerto pedagógico. Todos os concertos serão comentados e onde a interação com o público é uma constante, querendo chegar a todos e onde todos participem.
Daniel Oliveira, Diretor Artístico
Programação geral
7 de maio / domingo / 16h30
Concerto de Homenagem às vítimas da Guerra
Grupo Vocal Olissipo
Igreja de Santo António/ Convento do Varatojo
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20 de maio / sábado / 21h30
Concerto à luz das velas
Mariana Castello-Branco: Soprano
Raquel Cravino: Violino barroco
Catherine Strynckx: Violoncelo barroco
Daniel Oliveira: Cravo e baixo contínuo
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira – Matacães
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3 de junho / sábado/ 10h00
Workshop de Guitarra Barroca
Formador: Tiago Matias
Sala de São Gonçalo (Igreja da Graça/ Museu Municipal)
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4 de junho / domingo / 16h30
"Cifras de Viola" Música portuguesa do Codex Coimbra (séculos XVII e XVIII)
Tiago Matias: Guitarra Barroca
Ermida do Sirol (Dois Portos)
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11 de junho/ domingo / 16h30
"Passacalhas, Danças e Polifonias renascentistas"
Músic`Alta: ensemble de música antiga
João Mateus: haramela soprano
Joaquim António Silva: charamela alto, gaita-de-foles & alaúde
Hélder Rodrigues: sacabuxa tenor
Paulo Cordeiro: sacabuxa tenor
João Barroso: traverso & pandeiro
Igreja de A-dos-Cunhados
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Organização: CM Torres Vedras
Produção: Teatro-Cine de Torres Vedras
Parceiros: Juntas de freguesia e paróquias do concelho de Torres Vedras