O Rancho Folclórico Etnográfico “Flores do Oeste” de A-dos-Cunhados foi fundado em 2 de fevereiro de 1978.
Iniciou a sua atividade como grupo cénico pela altura do Carnaval, só mais tarde por vontade do povo se promoveu à organização do Rancho Folclórico, fazendo a sua primeira atuação em público a 10 de setembro de 1978. Mas só em 1983 se elaborou a escritura e os estatutos para a formação da Associação à qual se deu o nome R.O.T.A – Rancho do Oeste e Teatro Amador.Na Freguesia de A-dos-Cunhados, situada no estremo Norte do Concelho de Torres Vedras e a norte do distrito de Lisboa, banhada pelo Oceano Atlântico e com 4 km de Praia, mais propriamente na Região da Estremadura.
Este Grupo foi criado com o objetivo principal de ocupar os tempos livres das suas gentes e preservar os usos e costumes dos seus antepassados. Identifica-se com a época do final do século XIX, princípios do século XX. Os seus trajes são na maioria de trabalho, tendo também trajes de domingueiro dos quais destacamos, o casal de moleiros, casal de camponeses, feitor e esposa, cocheiro e esposa, casal de regatões, pescador e peixeira, pastor e leiteira, carpinteiro, engomadeira, lavadeira, empador e esposa, casal de noivos e traje de ir à missa.
O grupo é composto por cerca de 60 elementos, desde os mais pequenos até aos adultos.
A tocata é composta por cerca de 15 elementos, com instrumentos tradicionais como: pandeireta, reco-recos, bilha, gaitinha de beiços, ferrinhos e acordeões que embora não seja um instrumento característico do Folclore, todos os grupos o adotam.
Todas as danças e cantares, bem como os trajes, foram e continuarão a ser recolhidos junto das pessoas mais idosas e conhecedoras da cultura popular desta Região, tendo também influências de pessoas vindas de outras Regiões que vinham trabalhar para a Quinta da Paio Correia, uma Quinta que está inserida na nossa freguesia.
De todas as danças e cantares destacamos: Desfolhada, Valsa a Dois Passos, O Caracol é Vadio, Vira Saloio, As Carreirinhas, Salto e Bico, Bailarico, Verde Gaio, O Enleio, Vira-te ó Rosa, Ai que me Maneio, Chicote Roubado, Valsa dos Namorados, Eu Encontrei a Amélia, As Lavadeiras.
Tem atuado nos mais diversos pontos do País e além-fronteiras. Tendo sido condecorado pela Câmara Municipal de Torres Vedras com a Medalha de grau cobre.
Organiza o seu festival de folclore no início do mês de fevereiro e têm como participação importante no “Cortejo do Saloio”, realizado a 15 de agosto, data importante para os saloios da zona Oeste de Portugal.
Pretende continuar a preservar e a enriquecer cada vez mais os usos e costumes dos seus antepassados.